Redação: Cunha caiu. Estas duas palavras há muito vêm sendo ansiadas. Agora é real. Caiu com votos da esquerda e dos próprios aliados. Os 450 votos contra trazem muito da traição de muitos que o apoiaram, que o bajularam e que dele receberam igualmente apoio e bajulações.
Traição é a palavra. Os amarelinhos saíram às ruas com faixas e cartazes “Somos todos Cunha”. Colegas de Cunha do parlamento sorriram de lado a lado naquele triste 17 de abril, quando a Câmara começou a selar o golpismo. Naquela não muito distante noite, a direita toda estava unida, comandada por Eduardo Cunha.
Agora, Eduardo Cunha foi dormir cassado e traído. O que fará por conta destas traições não se sabe, mas desconfia-se. Várias ameaças ele já fez, de que não ia cair sozinho e até no discurso de defesa no dia de ontem deixou o recado: “amanhã pode ser qualquer um de vocês”. Pode ser, sim. Afinal de contas, quem confia em traidor?