Tribunal rejeitou Habeas Corpus a favor de Doutor Eduardo, que é dono de empresas com contratos milionários com prefeituras
Por Ricardo Villa Verde, compartilhado de Agenda do Poder
O dentista Eduardo Penha Ribeiro, que foi preso pela Polícia Federal (PF) no dia 2 de outubro com cerca de R$ 2 milhões em espécie em Duque de Caxias, vai continuar em prisão domiciliar e monitorado por tornozeleira eletrônica, além de ter de cumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça Eleitoral. A decisão foi do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ao julgar na quinta-feira (24) Habeas Corpus Liberatório apresentado por seus advogados. O TRE negou o pedido de relaxamento da prisão.
Com Eduardo os policiais encontraram R$ 1.920.000 em notas de 50 e 100 na mala do carro dele em um estacionamento no centro de Duque de Caxias. Ele tinha acabado de sacar a quantia em um banco. Segundo a PF, o dinheiro seria usado para compra de votos.
A procuradora regional eleitoral Neide Mara Cavalcanti Cardoso de Oliveira afirmou durante o julgamento no TRE que foi encontrado com Eduardo um papel com nomes de vários candidatos a prefeito e vereador de cidades da Baixada Fluminense. “Alguns deles eleitos” afirmou ela.
Conhecido como Doutor Eduardo o dentista é dono de empresas que têm diversos contratos milionários com prefeituras. Esses contratos serão alvo da investigação da Polícia Federal. Ele já foi conselheiro municipal de saúde em Duque de Caxias entre 2018 e 2020. E em agosto desse ano recebeu a Medalha Comendador Soares, da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu.