Por Cynara Menezes, socialista Morena –
Vocês acreditam em sincronicidade? Eu acredito muito. E eis que estava pesquisando no youtube uns filminhos para a seção Cine Morena do blog, quando me deparo com esta comédia canadense de 2009, cujo título parece incrivelmente profético no Brasil atual. É a hilária vida do garoto Leon Bronstein, de 17 anos, no último ano do colegial em Montreal. Leon acredita ser a reencarnação do revolucionário russo de quem é homônimo: ninguém menos que o comandante do Exército Vermelho, Leon Trotsky.
Filho de industrial, a primeira ação de Leon é organizar uma greve de fome dos trabalhadores da fábrica do pai, a quem chama “fascista”. Mas é um filme canadense, né? Ninguém espere que o pai do menino seja tão reaça assim: ele passa a ler a autobiografia de Trotsky para compreender melhor o filho, que segue esquematicamente todos os passos do revolucionário. Enquanto procura, um por um, os Vladimir Ulyanov que aparecem nas listas telefônicas do Canadá, para encontrar o seu Lenin.
Bem, como “castigo” pela agitação política, o pai de Leon o manda para a escola pública. Castigo que ele, é claro, adora. Na escola pública, o desafio de Leon Bronstein é descobrir se sua geração é vítima do tédio ou da apatia. Se for tédio, ele diz que ainda há cura…
Tem muitas citações, desde o livro A Revolução dos Bichos, de George Orwell, até a clássica cena da escadaria de O Encouraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein. Muito bom, assistam. Só achei a versão dublada. Alguém podia exibir para os garotos nas ocupações, não?