Por Washington Luiz de Araújo, jornalista

Numa coletiva sobre a Covid-19, João Dória Júnior, na maioria das vezes, não responde ás questões dos repórteres. Sem contar que, infelizmente, estes, quando questionam não fazem de forma contundente, aprofundada. Levantam a bola. Sendo assim, elenquei aqui algumas perguntas que faria se estivesse numa entrevista com o governador. Principalmente, depois da informação de hoje sobre a fase vermelha piscante que ele teima em implantar, enquanto a morte não pisca, leva.  São Paulo: fechada, aberta, fechada, aberta… O “bicho” não vai pegar, de acordo com Doria, quando o povo estiver nas ruas, nos shoppings, nos bancos, nos botecos, na praia. Combinou com o vírus, para ele atacar só a partir das oito da noite e nos finais de semana e feriados?

Vamos às perguntas:

Governador, por que o senhor decretou “fase vermelha” somente nos três primeiros dias depois da noite de Natal e da noite de réveillon?

Não tinha informações de que haveria aglomerações em dezembro e isso geraria mais casos e mortes no mês de janeiro?

E agora, explique, por favor, os motivos para a fase oscilante de laranja para vermelho que o senhor informou em 22 de janeiro?

Ah, qual a razão para implantar esta fase, mesmo oscilante, somente a partir de segunda-feira. Neste sábado e domingo, 23 e 24,  liberou geral?

Não há motivos, digo mortes, para fechar o comércio e bancos, em todos os dias?

Quantas vacinas o governo do Estado de São Paulo dispõe no momento para a sua população?

O governo dispõe de vacina para que os profissionais de saúde recebam a segunda dose? Ou vai ficar só no marketing?

O senhor deu um “drible da vaca” no presidente Bolsonaro ao vacinar pela primeira vez uma pessoa, profissional da saúde. E agora, qual será o próximo lance?

Dizem que de toda crise pode-se tirar uma oportunidade.  O senhor está vendo nesta tragédia a grande oportunidade de ascender politicamente?

Vou aguardar as respostas, sentado e isolado.