Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, no Facebook
Vai agora um pequeno tutorial sobre o modus operandi utilizado, por exemplo, no caso das denúncias velhacas contra Haddad agora que ele é virtual candidato a presidente. Antes, o registro que nenhum adversário até hoje cometeu a incorreção de chamá-lo de desonesto.
O ex-prefeito de SP é reconhecido no meio político como um político limpo, que vive de seu trabalho como professor. A denúncia de hoje é tão absurda que o próprio promotor do MP paulista, instituição ligada desde sempre ao PSDB, diz que Haddad não forneceu contrapartida alguma à empreiteira utilizada para difamá-lo. Ridículo total.
Mas vamos ao “como funciona a coisa em época eleitoral”. A denúncia é obviamente capenga e não vai prosperar. O MP sabe. Mas o que interessa no caso é a exploração pelos meios de comunicação para tentar queimar o candidato. Mais ainda: a grande sacada é aproveitar os títulos de matérias que sairão sobre o caso na mídia para depois veiculá-los no horário gratuito.
Por exemplo, encher a tela com um “MP acusa Haddad de corrupção”. O adversário nem precisa carregar o desgaste da acusação vazia. Projeta-se no vídeo uma sucessão de manchetes sobre a lambança do MP e o eleitor que é desinformado pode engolir a marotagem.
Em suma, a armação toda não é para gerar a condenação impossível, mas para produzir material a ser explorado na campanha. É assim que a banda suja toca.