Recentemente, este blog completou um ano de atividade. O Bem Blogado é um blog modesto, que busca simplesmente destacar bons textos (na nossa opinião) da imensa blogosfera. Somos um grão de areia neste planeta Internet, mas procuramos fazer nosso trabalho com qualidade e respeito ao internauta.
Como afirmamos, somos simples. E esta simplicidade se reflete no número de visualizações que conquistamos neste primeiro ano, cerca de 600 mil. É pouco, sabemos. Mas estamos cientes de que contribuímos para a informação de pessoas preocupadas com as questões políticas, com a onda de golpe que a direita tenta impor, apoiada pela chamada velha mídia. Preocupados em destacar a luta contra a desigualdade e pelo justiça social. Desta forma, também destacamos textos do facebook, postados por amigos que dizem com o coração coisas que vale a pena ler e reler.
Mas procuramos também um outro olhar, olhar sobre fotografias marcantes, sobre músicas, filmes e vídeos que fizeram nossas cabeças. Um olhar sobre o esporte, de uma forma humanitária.
O Bem Blogado tentou neste seu primeiro ano colocar na prática o seu nome. E hoje já tem colaboradores exclusivos, como o jornalista e escritor Claudio Lovato Filho e o adolescente e promissor Antonio Vergueiro.
Sobre o texto deste garoto de 15 anos, nosso presente de aniversário, vieram comentários como o da amiga Anamaria Leme, que resumem a importância de um adolescente escrever com início, meio e fim seus questionamentos, com a inquietude do jovem, mas com o olhar de quem recebeu boas orientações dos pais e familiares.
“Fico feliz que ele tenha essa mentalidade aos 15 anos. Sorte dele e de quem estiver por perto. Vida longa e prosperidade! Na minha casa, as pessoas tinham medo da ditadura, não questionávamos as aulas de OSPB (Organização Social e Política Brasileira), eu apenas não gostava e me sentia estranha por não me interessar, como se o problema fosse meu.
Vi meu pai queimando livros, nos escondemos na cozinha durante um tiroteio em frente de casa. Não falávamos sobre a Ditadura, havia medo, muito medo. Apenas notávamos no jornal a mesma receita de bolo que era publicada em vários lugares do mesmo jornal, como sinal de censura. As pessoas sumiam, eram presas, espancadas. Ficou uma lacuna enorme, soterrada por outros problemas familiares.
Eu não gostava das aulas de história, mas não conseguia entender porquê. Não gostava de estudar. Algo estava errado, não? Quem pode não gostar de aprender? Talvez se tivéssemos aprendido a nossa história, a história real, tivesse havido mais esse sentimento de patriotismo, de saber de nós, que hoje vejo em pessoas como Antonio Vergueiro. Parabéns!”
O também amigo do blog, Adailton Medeiros fez a seguinte observação: “Muito bom! Esse texto tem que chegar aos jovens da mesma idade do Antônio e a quem insiste nessa educação modelo século XIX.”
Portanto, colocamos os pés no segundo ano de existência com sangue novo. No entanto, este sangue novo não está só no Antonio Vergueiro, com década e meia de existência, mas em todos nós que procuramos nos rejuvenescer todos os dias, valorizando o que de melhor temos, o respeito pelo semelhante.
