Um “coxinha” nas Paralimpíadas quis nos proibir de falar e mostrar faixa de Fora, Temer

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Washington Luiz Araújo – 

Viver e aprender. Sabem que ainda há resquício daqueles que acham que existe lei que proíbe falar ou postar cartazes e faixas “Fora, Temer” no âmbito das Paralimpíadas? Exportado das Olimpíadas, o mito ainda perdura na mente de alguns.  É isso mesmo,  a expressão mais famosa que o Brasil exportou para o mundo nos últimos tempos ainda é motivo de veto para alguns “coxinhas”.  Presenciei  isso ao assistir as provas de atletismo das Paralimpíadas no último sábado, 10 de setembro, no Engenhão (ou como querem merecidamente os botafoguenses, Estádio Nilton Santos).




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Apesar do descontentamento de um “coxinha”, Fora, Temer.

Chegando ao local, depois de uns 10 minutos, um amigo observou que o clima era outro, com pouco ou nenhum ranço de coxinha por perto. Ledo engano. Sentamo-nos ao lado de um senhor, com o filho jovem, a esposa e a sogra. Na nossa frente, um rapaz paramentado de torcedor brasileiro, com camisa da CBF e bandana  verde e amarela na cabeça e uma bandeira do Brasil, ao lado do filho de uns seis anos e a esposa.

De repente, um assistente do canal esportivo da Globo, SporTV, vem em em nossa direção, aponta o dedo e manda para o rapaz que estava ao nosso lado com o pai, a mãe e a  avó,  de forma irônica e com cara de bravinho: “Valeu, você estragou minha imagem com a faixa de golpista”.

Nisso, comentamos que a emissora para qual ele trabalha, realmente é golpista. Não deu outra: o rapaz da bandana se levanta e faz um escândalo, dizendo que ali era lugar de torcer pelo Brasil e não de falar em política. Ouviu poucas e boas sobre nossa liberdade em falarmos o que queríamos, desde que não  ofendesse ninguém. Um amigo o chamou de “coxinha” e ele se mostrou ofendido. Tão ofendido que ficou claro, era um “coxinha” perfeito.

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A senhora, fez questão de mostrar que ostentar Fora, Temer não é crime

Apaziguados os ânimos, passamos, entre nós,  a falar das perdas de direitos trabalhistas que o usurpador vem sinalizando, como as 12 horas de trabalho diário.  Mesmo não sendo convidado para a conversa, o coxinha partiu pra cima de nós, novamente, dizendo em altos brados que ele trabalhou por muito tempo 16 horas diárias para poder assistir a uma Olimpíada e que não falava Fora, Temer e que isso, aliás, era proibido. Só se for na legislação “coxinhesca” dele.

As costas do rapaz que se arvorou de proibidor do Fora, Temer
As costas do rapaz que se arvorou de proibidor do Fora, Temer

O clima pesou de novo, em alto e bom som, até que um rapaz, voluntário dos jogos, veio prá cima de nós, pedindo para nos contermos. “E para ele, você não vai falar nada?” Já vimos que o tinha um juiz ali torcendo para o adversário.

Adesivos e leques de Fora, Temer foram prontamente distribuídos para o desgosto do “coxinha”.  Até que a equipe do SporTV juntou seus equipamentos para ir embora. Nisso,  o rapaz da bandana, para nos provocar,  pergunta quanta horas eles trabalharam. Falaram em 12 horas. Ficou provado, a Globo é escravagista e tem otário que defende isso, batendo no peito e dizendo ter orgulho de ser escravo.

Este é o tipo de torcedor, brasileiro, com muito orgulho e muito amor.

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