Mais de um ano de ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, ocorridos a partir de 07 de outubro de 2023, com cerca de 42 mil mortas no período, dentre as quais 17 mil crianças. Sobre o assunto, o jornalista e cineasta português Raul Reis escreveu o texto desabafo que segue abaixo.
Por Raul Reis, jornalista e cineasta
História-resumo do povo que passou por um holocausto (houve, ao longo do tempo, muitos, mas sem televisão…infelizmente) e que, através de um governo assassino, de governantes assassinos, junto com milhares de cidadãos doentes mentais, arrogantes, ocupam mesmo as poucas terras entregues aos palestinos (Cisjordânia, no caso, não contando com as que lhes foram roubadas, com a ajuda da canalha inglesa colonial – vejam o que eles fizeram desde o Nilo ao sudoeste asiático). Assim, os autores deste vídeo (veja abaixo) simulam uns futuros memoriais do genocídio de Gaza, em vários países, daqui a década e meia, juntamente com as perguntas de adolescentes aos pais: “Por que não impediram que esta tragédia acontecesse em 2023 e 2024?
Efetivamente, o mundo ocidental (o que vende mais armas, em conluio com as tvs e os fabricantes de sofás) já perdeu a qualidade dos verdadeiros seres humanos que é angustiar-se com a infelicidade dos demais.
Estamos na década da humanidade mais fútil e egoísta que deve ter existido em todos os tempos. somos os povos que, por acumulação cultural, mais devia estar consciente das suas obrigações éticas.
Consumo desenfreado, entendido como estatuto e modernidade, crendice religiosa hipócrita, esses, são os mais evidentes sinais destes tempos.
E os velhos e os novos poderes (políticos, econômicos, militares e tecnológicos) estimulam a criação de inimigos, para que nos odiemos e segreguemos.
Efetivamente, até já estou farto de tantos idiotas (povo), submissos às sacanices desses poderes e desatentos às incapacidades práticas duma tão grande chamada esquerda, que se afoga em má poesia teórica, sobre o futuro.
O futuro não é mais do que o espelho do (mau) presente (sempre que um homem e uma mulher quiserem).
Blá, blá, blá… “Estamos a cuidar do futuro dos nossos filhos” – dizem muitos. Em quê? Herdando o egoísmo e valores afins?
Não me façam rir.