Vejam este texto elucidativo sobre o emaranhado da vida de uma tal Flordelis. E tem gente que ainda se assusta com os textos de Nelson Rodrigues.
Por Graça Lago, baseado em texto de Anna Azevedo
O enredo narrado pelas investigações policiais é assustador, tenebroso.
O pastor assassinado foi da primeira geração das 50 e tantas crianças adotadas por Flordelis; deveria ser recebido como um filho.
O garoto cresceu e se casou com uma das filhas adotivas da pastora-deputada. Tempos depois, se separaram.
O pastor, então, se casou com a ex-sogra e ex-mãe.
Com o tempo, Flor se cansou, mas disse não poder se separar, para não “ferir os princípios cristãos”. Optou por matar o marido, ex-genro e ex-filho.
Às favas com o tal do “Não matarás”. Depois de OITO tentativas, conseguiu sucesso.
Matou o marido, com a ajuda da filha, de outros cinco filhos e da neta.
No velório do ex- marido-filho-genro, Flordelis, meio-soprano, cantou “pai, só a ti eu ofereço minha vida e o meu coração”.
Chorou, soluçou e disse, em aparente desespero, que o falecido morreu para salvar a família. Culpou a violência das ruas.
Com o início da descoberta da trama, ainda envolvendo só dois filhos, disse que nem todos eram bons, que nem todos eram confiáveis.
Agora, com a trama desvendada, seis dos 50 e tantos filhos estão presos e mais a neta. Ela escapou, protegida por uma imunidade parlamentar que jamais poderia proteger homicidas.
Segundo a polícia, Flordelis montou uma quadrilha familiar.
Uma história de arrepiar todos os pelos do corpo.
Ou a polícia enlouqueceu na trama ou é o crime mais medonho de que se tem notícia, liderado por uma falsa cristã que corrompeu mentes e corpos dos 50 e tantos meninos e meninas que dizia adotar.
O título do texto é do Bem Blogado