Por Carlos Eduardo Alves, jornalista –
Acordo com ódio. Nunca havia acontecido. Ódio de constatar o medo justificado nas pessoas. Ódio por temer a perda de gente querida que tem tanto a oferecer em seus micros universos. Mas ódio principalmente, e é necessário enfatizar, por saber que estamos entregues à loucura da ignorância, a quem despreza a Ciência por ver nela a resposta ao seu ressentimento pelo fracasso.
Ódio de quem tem ódio do Conhecimento. Um jeca do mal me despertou o ódio. Demente eleito por 57 milhões de brasileiros. Sociopata ligado ao que há de pior no submundo.
Endossado nem tão passivamente por cúmplices de elite que desprezaram a sordidez que foi desmontar um sistema público de Saúde que seria a única porta de saída para a sobrevivência dos brasileiros mais vulneráveis.
Ódio de quem continua estimulando a aglomeração em igrejas de seus sócios picaretas, exploradores das carências todas de gente fanatizada.
Nunca pensei, mas o ódio tornou-se necessário. Um demente como Bolsonaro não pode arrastar a população para o matadouro de sua crença doentia.
Não tem como não odiar essa gente imbecil, o fato de o Brasil estar sob o comando de um demente, um Jim Jones elevado à última potência.
Um idiota é só um idiota quando seus atos são confinados ao cercadinho de sua estupidez. Mas quando se torna sinônimo de morte coletiva, o idiota tem que ser enfrentado com ódio.