Em memória aos 30 anos de seu falecimento, em 8 de dezembro de 1994, Adriano Souza o celebra em seu novo álbum “Adriano Souza plays Jobim”
Por Carlos Motta, compartilhado de GGN
Inspiração para músicos e arranjadores do mundo todo, Tom Jobim permanece vivo na produção musical dos dias de hoje. Em memória aos 30 anos de seu falecimento – o maestro morreu no dia 8 de dezembro de 1994 – o pianista Adriano Souza (foto) celebra a sua genialidade e importância em seu novo álbum “Adriano Souza plays Jobim”, que chega às plataformas digitais no dia 26 de abril, além de também ganhar formato físico em CD. O álbum foi produzido em parceria com a casa de espetáculos Soberano, em Itaipava, Rio de Janeiro.
Integrante da banda de Paulinho da Viola e do quarteto do saxofonista Mauro Senise, além de se apresentar regularmente com Roberto Menescal, com quem trabalha há 20 anos, Adriano Souza contou com a participação, no álbum, do baterista Rafael Barata e do contrabaixista Guto Wirtti. Em “Adriano Souza plays Jobim”, o pianista reuniu oito músicas do maestro, tendo o piano como protagonista em meio a diferentes formações, desde a clássica formação jazzística de trio (piano, baixo e bateria) a outras como piano solo, piano e percussão, piano e sopros, além da inserção de outros instrumentos de teclado como o órgão Hammond e o piano elétrico Fender Rhodes.
No repertório estão alguns temas conhecidos e outros não tão explorados na música instrumental. Evidencia-se o encontro do Tom mais “clássico”, presente em músicas como Modinha, Estrada Branca e Olha Maria – dando ênfase à riqueza melódico-harmônica – com o Tom do samba e das harmonias mais simples, sobressaindo mais o aspecto rítmico, como em Lamento no Morro e Captain Bacardi. “Suas melodias e harmonias são de uma riqueza imensurável e oferecem muitas possibilidades para arranjos e improvisos”, destaca Souza.
Capixaba, de Cachoeiro de Itapemirim, Adriano Souza mudou-se para Macaé, interior do Estado do Rio de Janeiro, ainda bem pequeno, e lá começou seu interesse pela música, tocando na igreja. Em 1992 decidiu estudar música na cidade do Rio de Janeiro, e em 1997 já estava morando definitivamente na capital. Desde então, tem atuado na cena musical carioca. Formado em harmonia pelo CIgam, onde estudou com Ian Guest e Rafael Vernet, bacharel em piano pela Unirio, na classe da professora Lúcia Barrenechea, também estudou piano com Maria Alice de Mendonça e Ronal Silveira. Entre shows e gravações, já atuou ao lado de artistas como J.T. Meirelles, Edu Neves, Leny Andrade, Emílio Santiago, Durval Ferreira, Carlos Lyra, Jaques Morelenbaum, Bibi Ferreira, Paula Morelenbaum e Beth Carvalho, entre outros.
De 2002 a 2004 fez parte da banda da cantora Leila Pinheiro, fazendo shows pelo Brasil, Portugal e Inglaterra. Em setembro de 2008 participou do show “50 years of Bossa Nova” em Singapura e Austrália, onde se apresentou no Teatro Opera House, em Sidney, ao lado de Roberto Menescal, com quem trabalha há mais de 20 anos. Em dezembro de 2023 participou do show “Afeto”, um tributo aos 90 anos de Carlos Lyra, onde, além de tocar, atuou como pianista e diretor musical, acompanhando Wanda Sá, Mônica Salmaso, Joyce Moreno e Gilberto Gil.
Faz parte da banda do cantor e compositor Paulinho da Viola e atualmente integra o quarteto do saxofonista Mauro Senise. Recentemente lançou o álbum “Em tempo”, de piano solo.
Ouvir “Adriano Souza plays Jobim” – Lançamento dia 26 de abril