Por Gustavo Conde, no Facebook
Acabo de assistir a entrevista de Haddad no Roda Viva. Haddad, além de um gentleman, é dono da inteligência mais instigante da cena crítica e política. Ele chega a ser uma ‘esfinge’ – no bom sentido – pelo controle que demonstra do discurso e da palavra.
É cirúrgico, atento, respeitoso, clínico, técnico e afetuoso (com seu interlocutor e com a história das ideias).
É um luxo termos um candidato à presidência como Fernando Haddad. Não há ninguém no horizonte político que passe mais segurança institucional, democrática e moral do que ele. É sem precedentes.
Curioso que alguém assim tenha sido posto pelo destino justamente para afugentar a ameaça fascista do seu exato contrário. O adversário de Haddad é tudo o que ele não é: um espírito degradado.
Ao final da entrevista e indagado pelo mediador, Haddad diz que seu filme preferido é “Um Sonho de Liberdade” [Frank Darabont, 1995].
Eu me emocionei porque é também o meu filme preferido. Um filme de superação, de afeto, de disciplina (espiritual), de coragem, de lealdade, de inteligência e de celebração da vida e da verdade.
Um filme que tem também o espírito da busca, da descoberta, dos segredos redentores que nos conectam com a própria história e com a explosão de vida que é construir em si mesmo a capacidade de amar o seu próximo.
Fernando Haddad, neste momento, é exatamente isso para o país: um sonho de liberdade.