Era uma vez uma avenida em que muitos dos que passavam nela de carro achavam que a mesma era só deles. Que a avenida era feita, exclusivamente, para seus carros reluzentes combinarem com os prédios modernos nela plantados.
Se achavam donos de tudo que havia ali, menos, lógico, dos pobres camelôs e artesãos que teimavam em se apertar nas calçadas da mesma.
Era uma avenida em que o som mais ouvido era o de buzinas e de pneus rangendo no asfalto.
Pois bem, dizemos era uma vez porque esta avenida hoje é outra.
É uma avenida que, pelo menos aos domingos é do povo, das crianças, dos músicos, dos atores.
É uma rua que deixou um pouco de pertencer às máquinas e seus motoristas para ser da arte, dos pedestres, das bicicletas..
Tudo isso graças a um prefeito, Fernando Haddad , que enfrentou os mandões, os egoístas e devolveu a Avenida Paulista para quem de direito: as pessoas.
A Avenida Paulista com a irreverência de quem não se conforma com os desmandos e o preconceito da direita
Uma avenida em que seus imponentes prédios perdem em tamanho e grandeza para as pessoas que nela frequentam
Uma avenida em que pode-se assistir a show de rock (Picanha com Chernobyl), samba (grande Monarco da Portela), um sanfoneiro ensinando como tocar a uma criança de rua ou a um grupo de forró.
