Desde 7 de outubro, a ofensiva israelense no território palestino deixou mais de cinco mil crianças mortas
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A diretora executiva do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, classificou nesta quarta-feira (22/11) a Faixa de Gaza como “o lugar mais perigoso do mundo para se ser criança”.
A afirmação foi feita durante uma videoconferência para o Conselho de Segurança da ONU, em uma sessão dedicada ao impacto da guerra sobre mulheres e crianças em Gaza e Israel.
Russell acaba de retornar de uma viagem a Gaza e disse que ficou “horrorizada” com a situação da região. Em seu relatório, declarou que em 46 dias de guerra, mais de cinco mil crianças palestinas foram mortas no bombardeio, um número que equivale a “mais de 115 por dia”.
Com relação às consequências psicológicas, a representante disse que as vidas das crianças “serão irreparavelmente alteradas pela exposição repetida ao trauma; a violência e os ataques ao redor delas podem induzir um estresse tóxico que interferirá em seu desenvolvimento físico e cognitivo”.
Adele Khodr/Twitter
Vidas de crianças em Gaza “serão irreparavelmente alteradas pela exposição repetida ao trauma”, classifica órgão
Por sua vez, Sima Bahous, diretora da ONU Mulheres, declarou ao Conselho que as mulheres em Gaza “rezam pela paz, mas se a paz não vier, rezam por uma morte rápida, enquanto dormem, e com seus filhos nos braços”.
Bahous ainda destacou que “duas mães morrem violentamente em Gaza a cada hora, e sete mulheres morrem a cada hora”.
(*) Com TeleSUR