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Recursos chegam a R$ 2,5 bilhões – valor que 51 universidades recebiam há 17 anos; no período, total de alunos atendidos dobrou
Jornal GGN – A falta de recursos evidenciada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nesta terça-feira traz preocupação, mas é preciso ter em vista que outras universidades federais correm risco de paralisar suas atividades devido ao corte de verbas federais.
Reportagem publicada recentemente pelo jornal O Globo mostra que as verbas disponíveis para investimento e manutenção de 69 universidades federais (R$ 2,5 bilhões) são as mesmas existentes em 2004 – quando eram 51 instituições em atividade. Atualmente, cerca de 1,3 milhão de estudantes estão nas universidades públicas federais, contra 574 mil alunos há 17 anos.
Além dos R$ 2,5 bilhões livres, o orçamento destinado para as universidades federais prevê R$ 1,8 bilhão que podem ou não ser liberados ao longo do ano – caso o valor seja liberado, os recursos para as instituições de ensino chegaria ao patamar de 2006, quando 54 universidades federais estavam em funcionamento.
Além da UFRJ, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foram afetadas pela redução dos recursos. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), até mesmo as pesquisas para uma vacina contra a covid-19 foram afetadas.
Dados do site G1 ressaltam que o orçamento do Ministério da Educação (MEC) destinado às universidades federais em 2021 teve redução de 37% nas despesas discricionárias, se comparadas às de 2010 corrigidas pela inflação – o que afeta os recursos destinados a investimentos e despesas correntes, como pagamento de água, luz, segurança, além de bolsas de estudo e programas de auxílio estudantil. Salários e aposentadorias são despesas de pagamento obrigatório.