A propagação da variante ômicron levou companhias aéreas de todo mundo a cancelarem cerca de 4.500 voos neste fim de semana de Natal. Muitos pilotos, comissários de bordo e outros funcionários estão contaminados pela Covid-19 e não podem comparecer ao trabalho.
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O site Flightaware, que registra o tráfego aéreo mundial em tempo real – indica que pelo menos 2 mil voos foram cancelados neste sábado (25), cerca de 700 deles nos Estados Unidos. Na sexta-feira (24), véspera de Natal, outros 2.400 aviões já não puderam decolar e 11 mil voos registraram atrasos. A previsão é de que 600 trajetos aéreos também sejam interrompidos no domingo (26).
As companhias aéreas Lufthansa, Delta e United Airlines afirmaram que vários de seus empregados estão cumprindo quarentena por contaminação ou por terem sido expostos à Covid-19. “O pico de casos da ômicron pelos Estados Unidos nesta semana teve impacto direto na nossa equipagem e os funcionários que gerenciam as operações”, indicou a United Airlines em comunicado, justificando o cancelamento de 200 voos entre sexta-feira e sábado.
Recorde de contaminações nos EUA e na China
A onda da variante ômicron leva os Estados Unidos a baterem recorde de contaminações. Na última semana, o país registrou mais de 170 mil novos casos por dia, saturando os hospitais em vários estados.PUBLICITÉ
A Delta Airlines também anunciou ter cancelado 260 trajetos aéreos no sábado e 170 na sexta-feira seja por razões ligadas à pandemia ou às más condições meteorológicas. “Nossas equipes esgotaram todas as opções e recursos”, diz a companhia, em nota.
No entanto, as companhias aéreas chinesas são as que registram a mais quantidade de perturbações neste fim de semana de Natal. A China Eastern cancelou 480 voos e a Air China cancelou 15% de seus trajetos.
A China informou neste sábado 140 novos casos de coronavírus, o maior número em quatro meses, enquanto as autoridades se esforçam para conter focos da doença em várias regiões, incluindo a cidade de Xi’an, onde milhões de pessoas estão confinadas. O país, o primeiro onde foi detectado o Sars-Cov-2 no fim de 2019, está em alerta máximo a pouco mais de um mês dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
(Com informações da AFP)