Nesta última segunda-feira (7), foi protocolado na Câmara de Vereadores de Criciúma um pedido de cassação do mandato da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). O documento ressalta que a parlamentar teria acusado catarinenses de serem “nazistas”.
Por Yurick Luz, compartilhado de DCM
Na foto: Giovana Mondardo (PCdoB) – Foto: Fabrício Júnior
A acusação de suposta quebra de decoro parlamentar é assinada por Alexsandro Chaves de Sousa (servidor público estadual), Aline Constantino Bonfante da Rosa (funcionária pública municipal), Marcos Ricardo dos Santos (empresário) e Jonas Marques Martignago (servidor público municipal).
O texto protocolado contra a vereadora é referente a uma publicação que ela fez nas redes sociais sobre um vídeo onde manifestantes bolsonaristas aparecem cantando o Hino Nacional com os braços esticados durante um ato golpista. O episódio aconteceu em São Miguel D’Oeste, em Santa Catarina e foi apontado por diversos internautas como uma saudação nazista.
Na publicação, Giovana havia escrito: “Em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, saudação nazista. O que dizem? Isso é manifestação? Isso é direito constitucional?”. Diante disso, o pedido protocolado diz que a atitude da vereadora foi “completamente descabida e distante do decoro parlamentar, além de servir de exemplo, estimulou diversas manifestações xenofóbicas, caluniosas, difamatórias e absurdamente prejudiciais ao povo catarinense e ao próprio Estado de Santa Catarina”.
Nesta segunda-feira (7), Giovana Mondardo usou as redes sociais para se manifestar sobre a cassação de seu mandato. “Pediram a cassação do meu mandato. Me acusam de ‘dar visibilidade negativa e ofensiva aos manifestantes dos atos públicos pós-eleição, aos munícipes de São Miguel do Oeste e ao próprio Estado de Santa Catarina’. Isso porque denunciei, como muitos, investigações sobre nazismo em SC”, escreveu.
“Luto e sempre lutarei pela permanência do estado democrático de direito e contra todo e qualquer ato de despreze a democracia. Não tem como cassar um vereador por conta disso. Consciência tranquila”.
Confira:
Entre quatro autores, dois são assessores parlamentares de vereador, e outros dois, aparentemente líderes dos movimentos golpistas na cidade.
— Giovana Mondardo (@MondardoGiovana) November 7, 2022