As ruas de Botafogo, na zona sul do Rio, vêm sendo abaladas por um poderoso grito acompanhado de um motor potente em uma moto que, em si, já é militante.
Por Nicolas Oliveira, estudante de Comunicação
Viviane Grace é professora de história e motoqueira. Ela e sua moto se manifestam todos os dias contra o atual governo, chamado por Viviane de “genocida”.
Em uma rápida entrevista, a professora falou um pouco sobre suas motivações e lutas.
O que a levou a fazer esse gesto?
Desde que a Marielle morreu. Não podemos admitir o feminicídio político. Não podemos admitir a violência contra mulher. Desde que ela morreu, resolvi berrar, pois ou a gente entrava em depressão ou ia à luta. Eu escolhi lutar.
Qual a sua opinião sobre o governo atual?
A gente está dentro de um fascismo. O governo atual exclui os opositores na bala, além do povo preto, pobre, mulheres e outras minorias.
Dentro da sua vivência na educação, a professora afirmou:
Uma das características do professor é a empatia. Eu dava aula na Rocinha, vi muito lá, pobreza, falta de recursos, eu luto por eles. Luto também pelos alunos que eu não tive, os indígenas. O Brasil é eternamente indígena, povo que foi exterminado no Rio de Janeiro.
Eu sou professora e lésbica, a minha causa são todas elas.
#lutecomoumaprofessoradehistorialgbt