Por Carlos Eduardo Alves, Facebook –
Você pode ter razões, legítimas até, de não gostar de Lula e de seus governos. Mas faça um esforço e pense: a não ser em caso de comprovação de crime dentro de normas do que deveria ser o Estado de Direito, é possível pensar numa eleição democrática em que o persistente líder das pesquisas é barrado no tapetão e nas fotos da urna estão pessoas como Collor, Levy Fidelix e outros que não representam ninguém, absolutamente ninguém?
Não se fala aqui de Bolsonaro. Por mais que você também não curta o cara, tem muita gente (infelizmente) que gosta. É possível conferir legitimidade a uma disputa presidencial recheada de ninguéns e em que o veto a uma postulação de milhões é decretado por uma sentença de juiz que nega a denúncia encaminhada pelo MP?
Você acha mesmo que qualquer eleito não viverá uma crise de legitimidade se o líder for afastado na caneta? Não seria melhor, como falsamente proclamam alguns adversários, derrotá-lo no voto?
Ou você quer uma adaptação da verdade stalinista, de reescrever a História falsificando a foto?
Como que se tem do caso do triplex, tornar Lula inelegível com base naquilo, e na sentença que nega a denúncia, é tornar sim a eleição ilegítima e manchar por antecipação o mandato de quem não enfrentou uma corrente representativa dos brasileiros. Assim como no futebol, gol de mão não vale…