Dilma Roussef, em Nova York, após assédio da mídia PIG, que se deslocou para lá fazendo perguntas completamente fora do contexto da reunião com o presidente Obama:
“Eu não aceito, e jamais aceitarei, que insinuem qualquer irregularidade sobre mim ou a minha campanha.
Primeiro porque não houve; segundo porque, se insinuam, alguns têm interesses políticos; e terceiro porque eu sou mineira. Tenho uma coisa que me acompanhou, ao longo da vida: em Minas, na escola, quando você aprende sobre a inconfidência mineira, tem um personagem que a gente não gosta. As professoras nos ensinam a não gostar dele: Joaquim Silvério dos Reis, o delator.
Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora, a ditadura fazia isso com as pessoas presas. E eu garanto para vocês que eu resisti bravamente. Em alguns momentos até fui mal interpretada, quando eu disse que, em tortura, a gente tem de resistir, porque senão você entrega seus pares. Então, não respeito nenhuma fala de delator.
Agora, acho que a Justiça tem de pegar tudo o que disserem e investigar. Tudo, sem exceção. A Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal.”