Publicado em Jornal GGN –
A cartilha foi elaborada por jovens participantes do Projeto Uerê, na Maré, e ensina a policiais treinados o que não fazer: não realizar operações próximos a escolas, não atirar aleatoriamente e não ter preconceito com as pessoas por sua cor.
A cartilha foi elaborada por jovens participantes do Projeto Uerê, na Maré, e ensina a policiais treinados o que não fazer: não realizar operações próximos a escolas, não atirar aleatoriamente e não ter preconceito com as pessoas por sua cor.
Os emissários foram cinco adolescentes, entre 13 e 15 anos, que foram recebidos por Witzel. Junto deles, a fundadora do Projeto Uerê, Yvonne Bezerra de Mello, que contou que os meninos ali na frente do governador já tiveram suas casas invadidas, móveis quebrados e que são de famílias pobres, que não têm como repor as perdas.
A orientadora destacou a importância da reunião, já um grande passo o governador ter escutado e lido item por item da cartilha. “Eu acho que foi aberto um canal importante nessa cidade”, disse ela.
Leia, a seguir, os itens apresentados pelos jovens ao governador do Rio.
1- formar uma polícia inteligente e estratégica;
2- respeitar a Constituição;
3- as forças policiais têm que conhecer e respeitar as leis, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
4- respeitar o ir e vir das populações;
5- não permitir que as casas sejam invadidas sem mandado;
6- não permitir que bens materiais sejam roubados ou destruídos dentro das moradias em operações;
7- não deve roubar os produtos das lojas;
8- evitar operações na entrada e saída das escolas;
9- não permitir que policiais quebrem os carros dos moradores com o cano dos fuzis;
10- não parar todos os jovens para averiguação como se todos fossem marginais;
11- não xingar e nem bater nos moradores;
12- não ter preconceito com as pessoas por sua cor;
13- não mandar helicópteros atirar aleatoriamente;
14- respeitar os policiais não os colocando como alvos;
15- não deixar o Caveirão intimidar pessoas por onde passa; }
16- não forjar situações colocando armas nas mãos de moradores baleados;
17- não mudar corpos de lugar para despistar a perícia.