Publicado em Brasil 247 –
O jornalista Xico Sá definiu como “putaria institucional” o encontro clandestino entre Michel Temer, denunciado como corrupto e chefe de quadrilha, além de investigado por propinas nos portos, com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. “Desculpe, mas o nome disso é putaria institucional”, disse ele. Segundo nota publicada pela jornalista Mônica Bergamo, o assunto foi justamente a investigação contra Temer no STF – o que reforça a tese explicitada pelo senador Romero Jucá de que o golpe de 2016 foi “com Supremo, com tudo”
O jornalista Xico Sá definiu como “putaria institucional” o encontro clandestino entre Michel Temer, denunciado como corrupto e chefe de quadrilha, além de investigado por propinas nos portos, com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. “Desculpe, mas o nome disso é putaria institucional”, disse ele. Segundo nota publicada pela jornalista Mônica Bergamo, o assunto foi justamente a investigação contra Temer no STF – o que reforça a tese explicitada pelo senador Romero Jucá de que o golpe de 2016 foi “com Supremo, com tudo”.
Confira, abaixo, seu tweet:
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre o tema:
SÃO PAULO (Reuters) – O presidente Michel Temer se reuniu neste sábado com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, informou a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, que acrescentou que o encontro serviu para discutir assuntos relacionados à segurança pública.
O encontro, que não constava da agenda oficial do presidente para este sábado divulgada na véspera, acontece dias depois de o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinar a quebra de sigilo bancário de Temer no chamado inquérito dos portos, em que o presidente é investigado por suspeita de ter recebido propina para editar um decreto que mudou regras do setor portuário para beneficiar a empresa Rodrimar.
Temer nega ter recebido propina e afirma que o decreto foi resultado de um grupo de trabalho do governo e que não beneficiou a Rodrimar. Ele afirmou ainda que não tem nada a esconder e que disponibilizará seus extratos bancários à imprensa. Auxiliares próximos ao presidente —como os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun— criticaram a decisão de Barroso.
O encontro com Cármen Lúcia também ocorre dias depois de o ministro Edson Fachin, também do STF, determinar a inclusão de Temer no rol de investigados de um inquérito que investiga o suposto recebimento de recursos ilícitos repassados pela empreiteira Odebrecht em 2014.
Após a reunião com a presidente do Supremo, Temer se ainda recebeu no Palácio do Jaburu os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, informou a assessoria do Planalto. O tema do encontro, no entanto, não foi divulgado.
No domingo, Temer embarca para o Chile onde acompanhará a posse de Sebastián Piñera na Presidência do país.