A dura tarefa do presidente Lula

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A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), entendeu que “não há elementos que permitam concluir ter havido tortura, maus-tratos ou ainda descumprimento dos direitos constitucionais assegurados ao preso”, no caso um homem preto que foi amarrado por dois policiais em uma abordagem na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista.

Por Simão Zygband, compartilhado de Construir Resistência




Talvez o veredito da juíza fosse outro se o homem amarrado pelos estúpidos e despreparados policiais fosse um loiro de olhos azuis ou se mesmo a polícia federal prendesse e carregasse amarrado como um saco de batatas um branco corrupto saqueador do erário público, do tipo destes que pululam todos os dias nos noticiários por desvio de recursos pertencentes ao povo.

A decisão da juíza Gabriela Bertoli revela o grau de adoecimento que o país enfrenta que, obviamente, culminou com a eleição do inominável capitão. O Judiciário dá demonstrações de que não merece ser sustentado regiamente com o suado dinheiro dos trabalhadores, que é muito mal gasto com alguns de seus membros, tão bem representados pelo ex-juiz Sérgio Moro, o promotor Deltan Dallagnol ou a homônima Gabriela Hardt, que dispensam apresentações.

Vamos supor que o filho da juíza paulistana tenha furtado, como cansam de fazer alguns adolescentes, bolachas recheadas em um supermercado e fosse flagrado pelos vigias e que a PM tivesse sido acionada por eles. O que ela acharia se seu guri, legítimo filhinho da mamãe, fosse amarrado pelos pés e pelas mãos, tal qual faziam os feitores de escravos no período colonial brasileiro e levado para uma delegacia como se fosse um traste. Ela veria “elementos” para supor que houve abuso de autoridade e que seu menino foi submetido a um vexatório e desumano tratamento?

Vivemos em um país doente onde todas as esferas de poder estão gangrenadas. Há elementos podres na Justiça, nas Forças Armadas, no aparato policial, nas igrejas, no Congresso e, por que não dizer, nos partidos políticos. Ninguém mais se coloca no lugar dos outros. É uma insensibilidade a toda prova, um salve-se quem puder generalizado. Os Direitos Humanos parecem ser letras mortas em nosso país.

A vitória do presidente Lula foi o início da frenagem deste processo insano de putrefação social que, obviamente, desembocou na eleição do genocida. Nunca antes na história deste país tivemos nada tão asqueroso e doentio. O governo atual talvez tenha conseguido estourar a pústula purulenta. Mas é necessário apertá-la e expeli-la do corpo social e tratar com poderosos antissépticos e antibióticos para que não mais renasçam.

Dura tarefa do governo Lula.

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