Bittar explica como sítio de Atibaia foi comprado

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Publicado no Jornal GGN – 

Em depoimento aos investigadores da Lava Jato, o empresário Fernando Bittar, proprietário do Sítio de Atibaia que para os delegados e procuradores é do ex-presidente Lula, esclarece como foi feita a compra da propriedade, as reformas e obras no sítio, sendo a maior delas declarada à Receita.
“Que indagado acerca da aquisição da propriedade imobiliária em Atibaia, o declarante esclarece que a ideia surgiu numa reunião familiar entre o declarante, seu pai e seus irmão, para que pudessem se reunir e receber os amigos”, introduziu Bittar, segundo documento publicado pela PF.
O empresário que é sócio do filho do ex-presidente, Fabio Luís Lula da Silva, na empresa BR4, que controla a Gamecorp, tem antiga relação de amizade com a família Lula. Seu pai, Jacó Bittar, é ex-prefeito petista de Campinas e amigo do ex-presidente desde os anos de 1970.
Ao delegado Márcio Adriano Anselmo, Bittar confirmou que as obras “foram realizadas diretamente” por ele, como as de “segurança, instalação do gerador circuito fechado de TV” e que a documentação desses investimentos foi apresentada ao Ministério Público Federal.
“Indagado se lançou as reformas em sua declaração de imposto de renda pessoa física, esclarece que lançou algumas, como o gerador, que foi a maior despesa realizada; que as outras despesas eram bastante inferiores, sem relevância econômica, motivo pelo qual não foram lançadas”, esclareceu o empresário.
Explicou que na época da aquisição do imóvel, não tinha o dinheiro suficiente para a compra, e por isso propôs a Jonas Suassuna, seu sócio no Grupo Editora Gol, que adquirisse uma das partes do sítio. O investimento de Bittar, que corresponde a R$ 500 mil de um total de R$ 1,5 milhão, foi feito com dinheiro emprestado pelo pai.
Dessa mesma forma que deixou claro como ocorreu a aquisição da propriedade, as reformas e obras feitas no sítio no interior de São Paulo, Bittar também confirmou que algumas obras foram feitas “em razão da necessidade de recepção do acervo presidencial do então presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva”.
Com o trecho, os delegados e procuradores da Lava Jato insistem na tese de que a propriedade é, na verdade, do ex-presidente, e que as obras feitas pela Odebrecht e pela OAS foram com o objetivo de ocultar propinas do esquema de corrupção da Petrobras, ou como forma de benesses à família Lula como contrapartida por contratos da Petrobras.

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