Por Caio Vermelho, economista, no Facebook
Realmente, a propaganda é o instrumento que veio a substituir a carabina, o canhão e a baioneta. Invade-se países, toma-se o poder, apaziguam-se e acaloram-se os ânimos da mesma forma que, outrora, tais movimentos eram levados à cabo com instrumentos de força.
Digo isso pois tenho ouvido muitos eleitores dizendo que abominam o Sr. Bolsonaro mas votarão nulo, pois argumentam ser igualmente inviável votar no PT. Ou seja, colocam em pé de igualdade o PT e os ideais do mencionado candidato.
Bom, acredito que a maioria daqui viveu os anos PT. Não podemos levar em conta 2015 e nem o primeiro trimestre de 2016 pois o golpeachment já estava em curso e o governo não conseguia ser propositivo e nem reativo, estava completamente acorrentado.
Pra quem não leu ainda, vale a pena conferir a entrevista do Tasso Jeireissati para o Estado de São Paulo, do mês passado, sobre esse fragmento da história política Brasileira recente.
https://politica.estadao.com.br/…/eleicoes,nosso-grande-err…
Mas, de 2003 a 2014, foi tão ruim assim? Sério? Eu não lembro disso… A propaganda foi muito eficiente, muito eficiente mesmo. Nenhum candidato consegue falar publicamente sem prestar homenagem à diversas heranças dos governos do PT sob pena de perder votos, mesmo tendo sido, à época, publicamente contra.
Até outro dia o Brasil era o país do futuro, graças ao PT e aos governos civis. Civis, “governos civis”, eu escrevi.
Essa é de ontem: “prefiro o desconhecido ao conhecido que foi”. Fica a pergunta: foi tão ruim assim? Sério?
