Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, Facebook –
O dia (26 de setembro) foi pródigo em termos de revelações daqueles biltres que vandalizaram a Constituição do País.
Um ex-PGR revela que planejou matar um ministro do STF. De gorjeta, informa que muitas de suas decisões foram tomadas após recorrer à “farmacinha” que mantinha no seu escritório. Por farmacinha entenda-se a adega de bebidas alcoólicas que o potencial pistoleiro ingeria antes de decidir os passos que, afinal, determinariam o destino do Brasil. Nada contra as doses que o amigo leitor toma. Afinal, você não é PGR durante expediente.
Depois, Intercept e UOL revelam que Dallagnol contrabandeou provas ilegais da Suíça, sabendo que estava cometendo crime para forçar delações mentirosas em muitos dos casos.
Na Folha, Aloysio Nunes, um dos tucanos paladinos estridentes do “impeachment” de Dilma, reconhece, estupro constitucional feito, que a Lava Jato promoveu o que todos sabem tem anos, um golpe contra a presidente da República. Aloysio faz a retificação inútil após ser envolvido na Lava Jato por sua proximidade com Paulo Preto, este sim, um ladrão juramentado.
E pensar que toda essa desgraça que permitiu a ascensão da extrema-direita ao Poder começou com a birra de um payboy como Aécio que não aceitou sua derrota nas urnas. Aécio, aquele que, como diria Odorico Paragaçu, é um corrupto “comprovado gravadamente e audiomente (sic)´”, aos, poucos, mesmo que em terra arrasada, o enredo vai se tornando coerente.
O Brasil foi entregue a Bolsonaro numa trama em que pistoleiros, bêbados, promotores criminosos e ladrões rasgaram Constituição e leis e, no exercício compulsivo de um determinado vício, roubaram o futuro.
