Foi ridículo Donald Trump e Jair Bolsonaro apoiarem um parlamentar oposicionista da Venezuela que se autoproclamou presidente daquele país sem ter recebido um só voto para ocupar o cargo. Trump e Bolsonaro chegaram a ameaçar o governo venezuelano, se não aceitasse o golpe. Eis que Rússia e China mandaram um duro recado a Trump, Bozo e cia. ltda.

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição daquele país, Juan Guaidó, se declarou, na quarta-feira (23), “presidente interino do país”. Guaidó foi reconhecido presidente venezuelano pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos…

É bizarro. É como se o último presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Rodrigo Maia, do nada declarasse que iria ocupar o cargo do então presidente Michel Temer simplesmente por ter vontade de fazer isso.

O pior de tudo isso é que todos os atos da Assembleia Nacional (o equivalente venezuelano ao Congresso brasileiro) foram anulados pelo Tribunal Supremo de Justiça (o Supremo Tribunal Federal venezuelano).

Pouco tempo atrás, Juan Guaidó era uma figura pouco conhecida dentro e fora da Venezuela. Mas nos últimos dias ele se converteu em um dos mais proeminentes líderes da oposição, graças à turbulência política que sacode o país

Guaidó se autoproclamou presidente em um discurso confuso em 13 de janeiro e repetiu a dose na última quarta-feira (23). Nesse  momento, líderes mundiais de extrema-direita, como Donald Trump e Jair Bolsonaro, resolveram encenar um teatrinho “reconhecendo” Guaidó como “presidente legítimo” da Venezuela.

Os dois patetas foram acompanhados por outros governos de direita, mas não tiveram apoio de países como Bolívia ou México, governados pela esquerda.

O site de extrema-direita O Antagonista chegou a veicular que o presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro, teria “mandado prender” Guaidó. Não seria nada demais. O que ele fez se chama USURPAÇÃO, tentativa de golpe, pois a Venezuela não elegeu presidente o tal Guaidó, mas era  mentira.

Segundo o deputado de oposição Freddy Guevara, Maduro não mandou prender o usurpador Guaidó, apesar de que poderia porque ele cometeu um ato que seria crime em muitos países democráticos, tentar tomar o poder sem ter sido eleito.

Seja como for, Trump ameaçou a Venezuela com força militar caso o país tomasse medidas contra os golpistas venezuelanos.

Os Estados Unidos advertiram  que “todas as opções” seriam “analisadas” se o governo de Nicolás Maduro usasse a força contra a oposição.

“Se Maduro e seus partidários escolherem responder com violência, se decidirem fazer mal a qualquer dos membros da Assembleia Nacional, todas as opções estão sobre a mesa para os Estados Unidos com relação às medidas que possam ser tomadas”, disse a jornalistas um alto funcionário americano.

A ideia de Trump era usar o Brasil para atacar militarmente a Venezuela, mas duas grandes potências nucleares deram um chega pra lá em Trump, Bolsonaro e outros governantes de direita que flertaram com ameaças militares à Venezuela.

Segundo o diário português Jornal Econômico, Venezuela: China junta-se a Rússia e Turquia no apoio a Maduro

Diz a notícia que “Depois dos apoios dados por Vladimir Putin e por Erdogan, Nicolás Maduro ganhou mais um apoio de peso: a República Popular da China, presidida por Xi Jinping”.

Aliás, segundo o site russo Sputnik, a Rússia cogita instalar uma base militar na Venezuela caso os EUA tentem usar o Brasil para atacar aquele país.

Foi o que bastou para conter a grandiloquência bolsonária em relação à Venezuela. Aliás, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, apressou-se em garantir que o Brasil não irá se meter em nenhuma aventura militar junto com os EUA. Não é preciso muito esforço para conter os valentões bolsonarianos. Basta uma cara feia.

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