Por Washington Luiz de Araújo, jornalista – 

Silêncio no Bixiga, em Pinheiros, Butantã, Vila Maria, Peruche, Casa Verde, Itaquera, São Miguel, centro e Ibirapuera. Silêncio nas “quebradas do mundaréu”, poetizadas por Plínio Marcos e cantadas pelo Borba. Encantou-se o Borba, grande sambista que cantava por graça.

Conheci o Borba trabalhando na Assembléia Legislativa em São Paulo. Ele trabalhava lá e cantava pelos bares da vida, sempre com um sorriso bonachão, mostrando a alegria que o samba lhe deu.

Aqui, homenagem do blog ao Borba, que se encantou, como dizia Guimarães Rosa: “as pessoas não morrem, ficam encantadas”.

Ouçam Geraldo Filme cantando Silêncio no Bixiga, em homenagem ao sambista Pato N’água.

Quando ouvirem Pato N’água, ouçam também Borba. São da mesma cepa.

Vejam também gravação de João Borba com Adriana Moreira no programa Samba na Gamboa, TV Brasil, de Diogo Nogueira.

https://www.youtube.com/watch?v=i-BFCpgFF5s

Silêncio no Bixiga

Silêncio o sambista está dormindo
Ele foi mas foi sorrindo
A notícia chegou quando anoiteceu
Escolas eu peço o silêncio de um minuto
O Bexiga está de luto
O apito de Pato n’água emudeceu (2x)

Partiu não tem placa de bronze não fica na história
Sambista de rua morre sem glória
Depois de tanta alegria que ele nos deu
Assim, um fato repete de novo
Sambista de rua, artista do povo
E é mais um que foi sem dizer adeus.