Como diferentes países estão enfrentando a variante ômicron

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Contagiosa cepa do coronavírus desencadeou novas medidas mundo afora, de doses de reforço a lockdowns, restrições de viagem e redução do período de quarentena.

Por Beatrice Christofaro, compartilhado de DW




Neste início de 2022, o terceiro ano em que o mundo convive com a pandemia de covid-19, muitos países estão enfrentando novos surtos causados pela contagiosa variante ômicron.

A seguir, algumas das medidas adotadas mundo afora:

Quarta dose em Israel

Um dos pioneiros na vacinação contra a covid-19, Israel está apostando no reforço da imunização. É o primeiro país a oferecer amplamente uma quarta dose para conter a onda de ômicron.

Inicialmente, somente imunodeprimidos receberam a dose adicional, mas desde o último domingo (02/01), pessoas acima dos 60 e profissionais da área da saúde também podem obter o reforço.

No ano passado, Israel foi o primeiro país a oferecer doses de reforço. Agora, novos dados sobre a eficácia de uma quarta dose deverão ser úteis para outros países.

Lockdowns na Holanda e na Áustria

Para conter a disseminação da ômicron, a Holanda impôs um lockdown nacional em dezembro. Todos os estabelecimentos comerciais não essenciais permanecerão fechados até 9 de janeiro.

As medidas, que também afetaram as celebrações de fim de ano, se mostraram impopulares. Nos mais recentes protestos, no primeiro domingo do ano, milhares desafiaram uma proibição de reunião em Amsterdã para marchar contra o lockdown.

Em novembro, a Áustria também impôs um lockdown nacional por três semanas, interrompendo com sucesso uma alta nos casos de covid-19. Agora, a maioria das regiões do país aplicam as medidas apenas a pessoas não vacinadas, que só têm autorização para sair de casa para atividades essenciais, como ir ao supermercado ou ao médico.

Restrições de entrada no Japão e na Tailândia

Enquanto países asiáticos conseguiram em grande parte conter a ômicron até agora, muitos estão se preparando para uma possível alta de casos. A Índia viu um aumento significativo nas infecções nos últimos dias.

Assim que os primeiros casos da variante foram detectados, governos como os do Japão e da Tailândia reimpuseram restrições de viagem nas últimas semanas.

A maioria dos estrangeiros está proibida de entrar no Japão. O país tem atualmente regras de viagem que estão entre as mais rígidas do mundo.

Na Tailândia, cujo setor turístico foi duramente afetado pela pandemia, estrangeiros ainda podem entrar, mas precisam fazer quarentena. Um programa de entrada apenas mediante teste negative foi suspenso.

Quarentena em debate na Alemanha

Pouco depois do Natal, a Alemanha se preparou para uma possível onda de ômicron introduzindo novas restrições e encontros privados e proibindo grandes eventos.

O governo está debatendo se deveria encurtar o período de quarentena de 14 dias para pessoas que testaram positivo para a acovid-19 ou foram expostas à doença.

Especialistas afirmaram estar preocupados com a infraestrutura essencial, como o setor de saúde, a polícia e os bombeiros, se muitas pessoas tiverem que ficar em isolamento ao mesmo tempo.

Se encurtar a quarentena, a Alemanha seguiria o exemplo da França e da Espanha, que reduziram o período de isolamento de dez para sete dias. Na França, isso se aplica somente aos totalmente vacinados, e estes podem encurtar a quarentena ainda mais, para cinco dias, se tiverem um teste PCR negativo.

Isolamento mais curto nos EUA

Enquanto a Alemanha discute encurtar o período de isolamento, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA está revisando se o período de quarentena exigido deveria ser mais longo.

No momento, os infectados ou expostos ao coronavírus têm que se isolar por apenas cinco dias. Críticos afirmam que a medida coloca a produtividade à frente da saúde e poderia fazer com que as pessoas voltassem ao trabalho enquanto ainda estão contagiosas.

alta de casos provocada pela ômicron também expôs uma falta de testes no país, que o presidente Joe Biden prometeu retificar.

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