Desmentido da FGV motivou demissão, diz Carlos Decotelli

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Declaração foi dada ao jornalista William Waack, da CNN Brasil. Economista deixou o Ministério da Educação nesta terça-feira (30/6)

(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

O, agora, ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli disse que a nota da Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmando que ele não havia sido professor da instituição motivou sua saída da pasta.

A informação foi dada por Decotelli em entrevista ao jornalista William Waack, da CNN Brasil, que será exibida na noite desta terça-feira (30/6). O economista pediu demissão do Ministério da Educação nesta terça-feira, depois de ter sido desmentido pela FGV. A instituição informou que, ao contrário do que diz em seu currículo, o ex-ministro “atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação”.
“A estrutura pela qual a destruição da continuidade veio pelo fato fake de a FGV divulgar que eu nunca fui professor da FGV. Então esta informação, divulgada pela FGV, fez com que o presidente (Jair Bolsonaro) me chamasse e dissesse que, se até a FGV, onde o senhor trabalha há 40 anos ministrando cursos, vários alunos têm seu nome impresso nos certificados, e está negando que o senhor é professor da FGV, então é impossível o governo continuar sendo questionado das inconsistências em seu currículo, o que portanto tornou inviável minha permanência”, disse o ex-ministro à CNN Brasil.

Inconsistências no currículo

Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (25/6), mas não chegou a tomar posse. A cerimônia estava marcada para esta terça-feira (30/6). Após ser anunciado como chefe do MEC, algumas inconsistências no currículo do economista foram apontadas, além do desmentido da FGV.
Inicialmente, o reitor da Universidade de Rosário, na Argentina, Franco Bartolacci, afirmou que o agora ex-ministro não possui o título de doutor pela instituição. Logo depois, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) declarou que que ele não concluiu nenhum programa de pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha.
Para se defender das acusações, Decotelli afirmou que cursou e foi aprovado em todas as matérias necessárias, tendo participado, inclusive da cerimônia de formatura na Universidade de Rosário.
Sobre o pós-doutourado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha, disse que “a pesquisa foi concluída” e que ele tem a comprovação de que o trabalho foi registrado em um “cartório acadêmico”.
Após as polêmicas envolvendo o currículo do ex-ministro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a sair em defesa de Decotelli. Através do Facebook, o presidente disse que só recebeu “mensagens de trabalho e honradez” sobre Decotelli e que ele tem “capacidade para construir uma educação inclusiva”. O presidente também afirmou que o ex-ministro estava “ciente de seu equívoco” sobre as “inadequações curriculares”.

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