E finalmente hoje o trabalhador perde seus históricos privilégios

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Por Fernando Horta, Facebook – 

Conseguidos lá na primeira metade do século passado e mesmo passados quase cem anos, os privilégios não deixaram de ser prejudiciais à economia. A verdadeira causa do Brasil estar onde está.

Hoje o trabalhador perde o privilégio de ter três refeições. Recentes estudos mostram não somente que as três refeições não são aconselháveis, como também que o “jejum intermitente” melhora muito as capacidades de renovação do organismo. Sem comer tanto, o trabalhador viverá mais além de caberem mais trabalhadores no mesmo ônibus.




Também na magna data de hoje o trabalhador perde o privilégio de viver em sociedade. Afinal, pagava-se mais quando o trabalho era necessário em feriados, domingos ou mesmo noturno. Um privilégio desnecessário. Trabalhador não precisar ter família nem estar socialmente inserido. Antes imaginava-se que se pagava mais para que ele tivesse um retorno financeiro pelo tempo que perde com a família ou inserido socialmente em momentos em que TODOS estão de folga. Mas a legislação corrigiu isto e trabalhador tem que trabalhar. Família e sociedade são claramente privilégios.

Hoje também se encerram as contribuições obrigatórias aos venais sindicatos. Porque um dia de trabalho (o valor da contribuição sindical) vai permitir ao trabalhador acumular riqueza suficiente para se aposentar com 278 anos. E esta mesma quantia, não mão dos perversos sindicatos, só conduzia a sociedade à luta de classes. Que sabemos não ser boa. Nos EUA, por exemplo, os sindicatos foram extintos nos anos 60 – como parte das lutas contra o “comunismo” e o quê aconteceu? Nada! Desde os anos 60 os trabalhadores americanos não tem aumento real de sua hora de trabalho. Mal conseguem repor a inflação. Menos um privilégio, mais vida. Sem terem que se preocupar com sindicatos, os trabalhadores podem trabalhar mais e mais felizes.

Também na data de entrada em vigor da reforma que corta só privilégios feita por Temer (o amado), o trabalhador agora ganha o direito de gerenciar o seu tempo. Toda troca de roupa, uso do banheiro, alimentação e deslocamento até o local do trabalho é dele e somente dele! Como tempo pessoal não é contado como tempo de trabalho, não será pago e o trabalhador será descontado destes momentos durante o dia. Porque, afinal de contas, em tempos robóticos é um privilégio cagar, mijar, comer e trocar de roupa. O trabalhador, como ferramenta de realização da mais valia, precisa trabalhar. E só. Todo o resto só servia para perpetuar um modelo de sociedade desigual e cheia de privilégios que colocava o Brasil no fundo do poço.

Agora, estamos livres destas amarras. As mulheres podem trabalhar em locais insalubres mesmo grávidas, vale o que for acordado entre o pobre patrão e o livre e empoderado empregado e o emprego deve voltar a crescer.

É o novo Brasil livrando-se dos privilégios dos trabalhadores para que possamos manter os privilégios de quem não trabalha.

Edit 1: há também o aspecto da melhor distribuição de renda, feita por Temer (o amado). Se antes apenas um trabalhador concentrava a riqueza de 900 reais toda para si durante 30 dias, agora serão 3 trabalhadores contratados a 250 reais cada no seu lugar! É o Brasil que distribui renda e volta a crescer!

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