Grande mídia está com as mãos ensanguentadas

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Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado

Ao se omitir em destacar a violência de parte dos eleitores do candidato deputado Jair Bolsonaro, a chamada grande imprensa está sujando as mãos de sangue. Por não querer criticar as ações de criminosas, no receio de tirar votos do candidato da violência, a velha mídia demonstra de que lado está.




E não está do lado do capoeirista baiano  Moa do Katende, covardemente assassinado com 12 facadas pelas costas por ter declarado voto em Haddad; não está do lado, pasmem, da jornalista do Jornal do Commercio de Pernambuco, agredida e ameaçada de estupro, que não quer se identificar por medo de represálias; não está do lado do estudante da Universidade Federal do Paraná brutalmente agredido por quatro integrantes de uma torcida organizada aos gritos de ‘Aqui é Bolsonaro; nem tão pouco se posiciona em solidariedade ao jornalista  Guilherme Daldin atropelado por vestir uma camiseta com a imagem do ex-presidente Lula.

Depois de fazer um estardalhaço enviesado com o brutal assassinato de Marielle Franco, a grande mídia igualmente fecha os olhos, bocas e ouvidos para as agressões que a família da vereadora vem sofrendo.

A grande mídia não cravará o nome do responsável pela covarde agressão sofrida por uma jovem em Porto Alegre que teve seu corpo marco a canivetadas com a inscrição da suástica nazista. Isso por andar com o adesivo #EleNão com as cores da bandeira LGBT em sua mochila.

Estes são apenas alguns relatos sobre a onda de violência que é alimentada pelo candidato deputado Jair Bolsonaro. Mas, como disse Martins Luther King, “o que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

E muitos dos bons estão emudecidos porque a informação de tanta agressão, tanta violência, tanta mentira não chega a eles com a devida veracidade e isenção.

Não chega porque esta imprensa que está aí tem lado e o lado dela é o daqueles que não são de esquerda, mesmo praticando as maiores barbaridades.

Justiça social, estado pleno de direito virou palavrão para esta imprensa que representa uma elite retrógrada, mas as palavras vagabundos, vagabundas, putas, vacas, filho das putas são, para eles, dependendo de quem as proferir, música para os ouvidos; tiros, socos, pontapés são carícias, dependendo de quem os pratica.

E haja água para a lavagem de mãos tão ensanguentadas.

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