Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
Hoje é domingo, o dia consagrado ao futebol, mas também é um domingo que marca no trágico placar mais de 140 mil mortes pelo Covid-19. São dois “maracanãs” lotados. Como na época dos gladiadores romanos, jogadores de futebol e demais profissionais que orbitam em torno são jogados à fera. Desta vez do coronavírus. Sem pena e nem dó. Afinal de contas, o que vale é bola na rede e a grana na conta da Globo, da CBF, dos cartolas.
Leio que o Flamengo, o mais bem sucedido clube brasileiro do momento, conta com mais de 40 trabalhadores contaminados, sendo destes 19 jogadores. E ainda, cartolas do rubronegro da Gávea querem a volta dos torcedores aos estádios. Ou seja, para eles, o “coliseu” da contaminação tem que ser geral. Torcedores e jogadores num grito só de prá frente, Brasil, rumo ao título de país com o maior número de mortos pelo Covid-19.
Houvesse um pouco mais de consciência, a audiência cairia e o bolso da Globo falaria mais alto, não pressionarndo a CBF e os clubes para que os jogos acontecessem.
O absurdo é tanto que no jogo da Libertadores Santos e Deilfim, do Equador (22/09), foi mantido o mesmo quarteto de árbitros do jogo anterior Flamengo e Barcelona de Guayaquil (24/09). Ou seja, o Flamengo com um monte de jogadores contaminados teve contato com os árbitros que trabalharam no jogo posterior. O bom senso tomou de goleada.
Em tempo, os amigos sabem da minha paixão pelo Santos Futebol Clube, mas já foram avisados que estou de quarentena também como torcedor. Pela vida, não só a minha.
Para não dizer que não falamos de Bolsonaro e o futebol, abaixo o link do texto do flamenguista Cid Benjamin “O resultado da bolsonarização no Flamengo”
https://bemblogado.com.br/site/o-resultado-da-bolsonarizacao-no-flamengo/
