Os documentos e mensagens da operação que prendeu a cúpula da PM do DF

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Na denúncia contra os comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal, a Procuradoria Geral da República (PGR) destacou que esses militares se renderam a “teorias conspiratórias” e compartilharam mensagens golpistas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A denúncia revela que logo após o segundo turno das eleições de 2022, os comandantes da PM do […]

Por Gabriel Barbosa, compartilhado de O Cafezinho




Foto do UOL

Na denúncia contra os comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal, a Procuradoria Geral da República (PGR) destacou que esses militares se renderam a “teorias conspiratórias” e compartilharam mensagens golpistas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A denúncia revela que logo após o segundo turno das eleições de 2022, os comandantes da PM do DF ficaram inconformados com a vitória do líder progressista e consequentemente com a derrota do então presidente Bolsonaro. Vale lembrar que a PGR enviou essa denúncia ao STF.

Na peça, a PGR incluiu uma série de mensagens, vídeos e áudios trocados entre os comandantes antes, durante e depois da disputa presidencial. A procuradoria alega que essas manifestações golpistas acabaram “gerando um clima social de polarização político-ideológica e de desconfiança nas instituições republicanas”.

Mais cedo, a Polícia Federal prendeu o comandante-geral da PM, coronel Klepter Rosa Gonçalves, o ex-comandante, coronel Fábio Augusto Vieira, ambos presos nesta sexta-feira e outros cinco oficiais que ocupavam cargos de chefia durante os atos terroristas do 8 de janeiro. Todos eles são alvos da denúncia da PGR.

A primeira mensagem destacada é a do coronel Klepter Gonçalves, enviada no dia 28 de outubro de 2022. Ele dizia o seguinte:

“Rapaz, vocês tem que entender o seguinte: o Bolsonaro, ele está preparado com o Exército, com as Forças Especi… As Forças Armadas, aí, para fazer a mesma coisa que aconteceu em 64. O povo vai pras rua, que ninguém vai aceitar o Lula ser… Ganhar a Presidência, porque não tem sentido, o povo vai pedir a intervenção e, aí, meu amigo, eles vão nos livrar do comunismo novamente.

Por sua vez, o então comandante-geral da corporação, Fábio Vieira, encaminhou a mensagem golpista para o coronel Marcelo Casimiro Rodrigues, que comandava o 1º Comando de Policiamento Regional, responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes.

A PGR também detectou que logo após o resultado as eleições, o comandante Casimiro apresentou as opções para um golpe de estado que seriam: “artigo 142”; “intervenção federal” e “intervenção militar”. Depois que apresentou, ele escreveu o seguinte: “Não se procede esse entendimento, mas é interessante a explicação”.

Depois que um vídeo dos atos terroristas foi mandado no grupo, um dos comandantes debocha da situação e tira sarro de outros militares que estão tentando conter os terroristas. “Deixa os melancia (sic) se virar”, escreveu.

Em outro momento, o Major Flávio Alencar chega a dizer que no próximo ato terrorista era “só deixar invadir o Congresso”.

Para ter acesso aos documentos completos da operação, clique aqui e aqui.

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