Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
Costumo pensar que artista não morre, pois a arte o eterniza. Estou tentando dizer isso para mim agora, nesta manhã de 16 de fevereiro de 2022, quando soube da notícia da partida do amigo, grande baterista, percussionista, fotógrafo Oscar Bolão. Sim ele era tudo isso, mas era muito mais na amizade. Nosso amigo em Paquetá.
Bolão sempre bem humorado, sempre com um causo para contar de sua movimentada vida artística e mundana.
Sim, vida artística mais mundana, pois ele, com o seu jeitão, não separava uma coisa da outra.
Sempre um show, quando não no palco, no quintal da Casa de Artes ou nas mesas do Bar do Zarur, na Ilha do Sol, No Zeca’s, na Casa de Noca, no antes Quintal da Regina e no espaço da Varanda da Ize Sanz….
Ele que afirmava: “Na minha vida artística já fiz de tudo, só não fiz sucesso. Acompanhei cantores, toquei em orquestras populares, sinfônicas, fiz música de câmara. Toquei no Carnegie Hall e pra rainha da Dinamarca. Toquei em bares, gafieiras, feiras de gado, prostíbulos e até em campeonato de natação.”
Não, Bolão, você fez muito sucesso, sendo você mesmo, um grande ser humano em todos os aspectos.
Saint Exupéry afirmou que “aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”.
Certamente, Bolão fica com nós, mesmo que, desculpem o trocadilho, neste momento fiquemos com um nó na garganta.
Abração, Bolão, do seu amigo Vazinghton (sim, era assim que ele me chamava, com V, acentuando o va… e o zinghton).
Abaixo alguns “causos” do pândego amigo que publiquei no Bem Blogado, no que chamei de “Show de Bolão”, e outras postagens.