Claudio Lovato pelo Facebook

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Claudio Lovato Filho, jornalista e escritor

Escrevi este texto em abril para o “Fala Bom Fim”, jornal do meu eterno bairro do coração, editado pelo Milton Gerson, meu irmão e jornalista do primeiro time. Resolvi publicá-lo aqui (com a licença do Milton) em razão da proximidade das eleições e do acirramento dos ânimos – que, até certo ponto, é normal. O problema é a ultrapassagem desse “certo ponto”, e tenho visto isso ocorrer, com tristeza extra quando a palavra dura e a investida intolerante ocorrem entre amigos.

É tudo real




Você que frequenta as redes sociais, não se engane: do outro lado da conexão estão pessoas de carne e osso, pensamento e espírito. São seus amigos de verdade. Ou não. Mas são reais.

Não existem amigos virtuais. Nem inimigos. Existem pessoas. O amigo virtual é um novo tipo de amigo real. Curta-os. Desfrute disso. Mas fique atento. Estamos todos ligados por elos que subestimamos ou que não vemos.

Dá para ver a pessoa real no universo virtual, por mais que as fotos e as frases sejam escolhidas a dedo, sejam competentemente editadas.

Estamos nos comunicando, e isso é o que verdadeiramente importa. É só brincadeira, acreditam alguns. Mas desconfio de que seja mais sério do que imaginamos.

É real. De um jeito diferente. O personagem que inventamos para nós mesmos no Facebook revela quem somos para valer. O cara que manda seus recados pelo Twitter também.

Os personagens têm esse poder, que nós mesmos, seus criadores, lhes concedemos. Na verdade, é por isso que os criamos: para que eles mostrem ao mundo quem somos.

Sempre foi assim, desde que a ficção foi inventada. O personagem não resiste ao cansaço de tentar ocultar o criador. Nem poderia. Porque nós não queremos. É claro que nada, nunca, vai superar o contato pessoal, o olho no olho, o abraço apertado e o beijo carinhoso, o gesto em sintonia que parecia ensaiado.

Há amigos e amigos, sim, sabemos disso. Há intimidade e intimidade, lógico. Cada relacionamento tem sua história. Mas é tudo real. Não nos enganemos. Seja como for, o que mais importa é isto: estamos nos comunicando – de novas formas, usando novos instrumentos, conhecendo outras possibilidades de diálogo.

E é tudo real. Acredite

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