Imprensa hegemônica sucumbe diante de interesses econômicos 

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Camilo Vannuchi no Facebook – 

Quando a imprensa hegemônica assumiu a bandeira do impeachment da Dilma, chegando a estimular seu público a ir às manifestações, um argumento frequente era o de que a população estava inclinada a tirar a presidenta, este era o desejo da maioria, e por isso os jornais faziam coro: era justo e necessário ecoar a voz dos cidadãos.




Hoje a maioria da população tem consciência do desmonte de direitos que vem sendo feito pelo novo governo, tenha ele a motivação que for (equacionar as contas públicas, superar o hipotético déficit previdenciário ou favorecer os mais ricos e as grandes corporações).

A greve geral avança, congrega diferentes públicos, registra adesão de diversas categorias, centenas de colégios particulares. Curiosamente, não vejo a imprensa hegemônica ecoar essas vozes, refutar a proposta de reforma como refutou as medidas tomadas por Dilma no segundo mandato, convocar a população às ruas como fez por ocasião dos protestos em favor do impeachment.

De um ou dois anos para cá, os fundamentos éticos do jornalismo foram substituídos? A função social da imprensa mudou? Ou o que a imprensa hegemônica faz, ontem e hoje, é sucumbir diante dos interesses dos investidores e anunciantes (aqui incluídos os governos federal, estadual e municipal), assumindo para si o postulado equivocado de que jornalistas trabalham para a empresa, e não para o leitor/espectador?

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