Responsável por disparos de fake news é contratada no Planalto

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Publicado em Jornal GGN – 

Ex-funcionária da agência AM4, investigada pelo TSE, será assessora do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno 

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil 
Jornal GGN – Com um salário de cerca de R$ 10,3 mil, Taíse de Almeida Feijó será assessora do gabinete do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Ela é a segunda ex-funcionária da agência de comunicação AM4, contratada para fazer disparos em massa de mensagens de WhatsApp para a campanha presidencial de Jair Bolsonaro, a fazer parte dos quadros do novo governo. O primeiro foi um dos sócios da empresa, também considerado um dos marqueteiros da campanha, Marcos Aurélio Carvalho, nomeado em novembro do ano passado para integrar a equipe de transição.
As informações são da reportagem de Leandro Prazeres, na Folha de S.Paulo. A nomeação de Taíse foi divulgada no Diário Oficial da União na segunda-feira (14). Na AM4, Taíse era responsável pela contratação de mensagens enviadas por meio de WhatsApp. No dia 18 de outubro de 2018, uma matéria da Folha revelou que empresas compraram pacotes de disparo em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp.
Já uma reportagem do UOL mostrou registros da AM4 no serviço de mensagens chamado Bulk Services, oferecido pela agência Yacows. Dados do sistema utilizado pelas duas empresas mostraram que conteúdos de mensagens enviadas em massa para a campanha de Bolsonaro foram deletadas horas depois da publicação da Folha e o login de usuário responsável pela a ação era de Taíse.
“Em uma das listas de contatos apagadas estavam registrados pouco mais de 8.000 números de telefone”, informou a reportagem da Folha. A prática de contratação de empresas para disparo de mensagens de campanha em massa é proibida pela legislação eleitoral e se enquadrada como doação ilegal de empresas. Por enquanto, o caso segue investigado pela Polícia Federal junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Taíse atuou como gerente de projetos da AM4 por cerca de oito anos. O UOL solicitou para a Secretaria-Geral da Presidência os motivos da contratação da ex-funcionária da agência obtendo como resposta que a escolha se deu por “critérios técnicos, após avaliação curricular e entrevista”.
“Secretária-geral da Presidência da República não avalia para admissão de seus profissionais a experiência em empresas específicas, mas os resultados obtidos na sua trajetória profissional (pública ou privada) além dos princípios da administração pública federal”, completou o órgão comandado por Bebianno em nota.

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